Amazonas - AM
As penetrações de estrangeiros no Rio Negro começaram em 1645, com a bandeira de Bartolomeu Barreiros de Ataíde, que traziam instruções do Governador Luiz Magalhães de descobrir o rio do ouro.
Há, todavia, duas versões sobre a origem do primeiro núcleo de povoamento em terras do município de Airão, as quais eram habitadas primitivamente pelos índios Uaimiri, Atroaí, Crichanã, Carabinari e Jauaperi.
A primeira versão diz que numa das bandeiras dos Jesuítas, saídas do Maranhão, a primeira em 1657 e a segunda no ano seguinte, foi fundada a missão dos Tarumãs, que, depois de passar por vários incidentes transmudou-se na missão da Foz do Jaú, sob a proteção de Santo Elias.
A segunda versão informa que Pedro da Costa Favela, no comando de uma tropa de resgate e o Frei Teodósio da Veiga, da ordem dos Mercês, vieram ao Rio Negro guiados pelos Aroquis que habitavam o rio Urubu e fundaram em 1668, nas proximidades do riacho Aruim, uma povoação que anos depois, foi transferida para a Foz do Rio Jaú, com a denominação de Santo Elias do Jaú.
Como se vê, ambas as versões, dão como o primeiro núcleo do povoamento a Missão de Santo Elias do Jaú. Divergem, no entanto, quanto à primitiva localização e sobre a data da fundação.
Tudo indica que haja sido a missão ou a aldeia de Santo Elias do Jaú o segundo ou terceiro núcleo de povoamento organizado pelos portugueses em terras amazonenses.
Em 1759, a aldeia de Santo Elias do Jaú foi elevada à categoria de Lugar, com a denominação de Airão, por Joaquim de Melo Póvoas, primeiro Governador da Capitania de São José do Rio Negro.
A denominação de Jaú originava-se do rio do mesmo nome, próximo a cuja foz está situada a localidade; a de Airão foi aplicada em observância à política iniciada por Mendonça Furtado de dar às povoações amazonenses nomes portugueses. Assim, aconteceu, também, por exemplo, com as aldeias de Abacaxis (atual Itacoatiara) e Saracá, que na mesma época passaram a denominar-se Serpa e Silves, respectivamente.
Em 1833, quando da criação da Comarca do Alto Amazonas, figura Airão, como Freguesia ou Colégio Eleitoral pertencente ao Termo de Manaus.
A Lei Provincial nº 92, de 06 de novembro de 1858, reduziu o número de freguesias da Província, excluindo alguns, dentre eles a de Airão
Permaneceu Airão mais de um século sem nenhuma alteração em sua história e sem, também, apresentar quase nenhum progresso, quando em 1938, foi transformada em sede de distrito do mesmo nome, integrada no município de Manaus pela Lei Estadual nº 96, o distrito de Airão é desmembrado de Manaus, passando a constituir o município Autônomo de Novo Airão e sendo sua sede elevada à categoria de Cidade.
Em 10.12.1981, pela Emenda Constitucional nº 12, Novo Airão perde partes de seu território em favor dos novos municípios de Moura e Presidente Figueiredo.
Gentílico: novo airense
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Airão, pelo decreto-lei estadual nº 176, de 01-12-1938, subordinado ao município de Manaus.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Airão figura no município de Manaus.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1955.
Elevado à categoria de município com a denominação de Airão, pela lei estadual nº 99, de 19-12-1955, desmembrado do município de Manaus. Sede no antigo distrito de Airão. Constituído do distrito sede. Instalado em 25-02-1956.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede.
Pela lei estadual nº 1012, de 31-12-1970, o município de Airão tomou a denominação de Novo Airão.
Em divisão territorial datada de 1-I-19790, o município já denominado novo Airão é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2009.
Alteração toponímica municipal
Airão para Novo Airão, alterado pela lei estadual nº 1012, de 31-12-1970.
Fonte: IBGE