Localizada no interior do Estado de São Paulo, entre os anos de 1830 a 1850, era uma grande faixa de terra coberta por mata fechada, intocável, entre os rios Grande, Paraná e São José dos Dourados.
Aproximadamente em 1830 esta terra, que antes era contemplada apenas pelos índios Caiapós, tornou-se a quarta fazenda do desbravador Patrício Lopes de Souza. Este mineiro possuía alguns latifúndios ao Sul de Minas Gerais e outro na região da atual Três Lagoas - MS.
Tal propriedade, denominada Fazenda São João da Ponte Pensa, eram terras devolutas, pertencentes à união, não havendo interesse político em explorar estas terras, o direito de posse se deu simplesmente pelo reconhecimento e usufruto executado por Patrício Lopes de Souza, este não possuía nenhum documento referente à propriedade das terras.
Com a morte de Patrício Lopes (1915), é iniciado na Capital Paulista um processo Judicial, onde dois cidadãos de nome Glória e Furquin, grileiros, tentam requerer a posse da Fazenda Ponte Pensa. Em razão dos herdeiros de Patrício Lopes não possuírem a documentação adequada para comprovarem a posse das terras, somados com a hábil manipulação por parte dos advogados dos grileiros, Glória e Furquin ganharam a causa.
Estas terras permaneceram intactas, pois seus proprietários, residentes na Capital, nunca vinham aqui conferir suas posses, apenas contratavam jagunços que aqui ficavam vigiando as fazendas.
Nesta época, por volta de 1930 o jovem engenheiro Euphly Jalles, formado pela Escola Politécnica, é nomeado pelos grileiros e até intermediado pelo Governador, para fazer as medições e divisões do patrimônio da fazenda São João da Ponte Pensa no sertão de Rio Preto e por este serviço recebeu como pagamento parte das terras que veio dividir, mas só tomou posse delas quase dez anos depois de ganhá-las.
As primeiras famílias começaram a chegar nestas terras entre os anos de 1946 e 1948. Os motivos que os traziam migrando de outros lugares do estado e do país eram diversos, mas geralmente porque criam que naquela nascente localidade poderiam construir um futuro melhor.
As atividades econômicas eram todas voltadas para a agricultura predominando o cultivo do café.
No dia 03 de maio de 1958 foi fundado o patrimônio de São Francisco, pelo senhor Dr. Euphly Jalles, cujo nome foi dado em homenagem a seu pai Francisco Jalles.
No ano de 1959 o patrimônio de São Francisco foi elevado a categoria de distrito pertencente ao Município de Jales.
Pela Lei Estadual nº 8.050 de 30 de dezembro de 1963 Dirce Reis foi elevada a categoria de Distrito e pela Lei Estadual nº 8.092 de 28 de fevereiro de 1964 São Francisco foi elevado a categoria de Município, contando então com dois distritos o distrito sede e o distrito de Dirce Reis.
Fonte: IBGE