No século passado, na época da grande seca de 1877, sofrendo com a falta de alimento e principalmente água, muitos agricultores deixaram seus estabelecimentos a procura de locais onde existisse pelo menos água abundante para a população e animais. Uma dessas vítimas da seca foi o agricultor Claudiano Alves Moreira, que partiu de Iguatu, no Ceara, trazendo consigo sua esposa Ana Alves Moreira e as filhas Isabel, Maria, Porfíria e Antonia, bem como os poucos animais que sobreviveram ao flagelo da seca.
Sendo a falta de água o mais cruciante, supõe-se que o Sr. Claudiano buscava a margem do Rio São Francisco, onde a água é abundante, porém na viagem passou em terrenos férteis e desocupados, pertencentes a Paróquia de Granito, onde uma fato lhe chamou atenção, pois em plena estiagem, ao cruzar um riacho, viu poços dágua no mesmo, logo deduziu que cavando uma cacimba encontraria água bastante, o que realmente aconteceu, fixarem-se na terra, sendo seus primeiros habitantes.
Com a água encontrada, procurou se estabelecer fazendo casa e cercado, logo que voltou a chover iniciou o plantio do roçado e em um local mais fértil, iniciou um pequeno sítio de fruteiras, que desenvolveu bem, dando um bom aspecto ao local o chamado a atenção dos transeuntes, que passaram a denominar o local de Sítio dos Moreiras, devido a plantação construir um sítio e pertencer a familia Moreira, nome que perdurou, tornando-se no nome futura cidade.
Sendo uma região excelente para atividades agro-pecuária, foi atraindo novas familias e, como o sertanejo tem uma grande devoção religiosa, o Sr. José Alves Lopes idealizou a construção de uma igreja, tendo como padroeira Santa Terezinha, o que se concretizou. E em 1930 era celebrada a 1º missa pelo vigário Joaquim Peixoto Alencar.
Construída a igreja, a povoação foi crescendo e em 1935 realizava-se sua primeira feira livre, a qual tem lugar às 6º feiras, sendo uma das bastantes freqüentadas da região.
O devassamento regional, ocorreu em face das atividades agro-pecuária e religiosa, pois com a criação do gado e a comercialização da produção veio o conhecimento da região, completamente pela proporção da religião catolica.
Gentílico: moreirense
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Sítio dos Moreiras, ex-povoado pela lei municipal nº 62, de 10-05-1957, desmembrado de Carimirim, subordinado ao município de Serrita. Em divisão territorial datada I-VII-1960, o distrito de Sítio dos Moreiras, figura de Serrita.
Elevado à categoria de município com a denominação de Sítio dos Moreiras. Pela lei estadual nº 4965, de 20-12-1963, desmembrado de Serrita. Sede no antigo distrito de Sítios dos Moreiras. Constituído de 2 distritos: Sítios dos Moreiras e Carimirim. Desmembrado de Serrita. Instalado em 19-05-1964.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1968, o muncípio é constituído de 2 distritos: Sítio dos Moreiras e Caramirim.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 17-I-1991.
Pela lei municipal nº 85, de 22-06-1991, aprovado pela sessão extraordinária, realizada em 03-06-1991, o município de Sítios dos Moreira passou a denominiar-se Moreilândia.
Em divisão territorial datada de I-VI-1995, o município já denominado Moreilândia é constituído de 2 distritos: Moreilândia e Carimirim. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.
Alteração toponímica municipal
Sítios dos Moreiras para Moreilândia alterado, pela lei municipal nº 85, de 22-06-1991, aprovado em 03-06-1991.
Fonte: IBGE