As terras que atualmente constituem o Município de Sidrolândia, apesar de conhecidas desde os primórdios do século XVII, quando foram devassadas por sertanistas bandeirantes, somente passaram a ser povoadas com a chegada do sertanista mineiro Gabriel Francisco Lopes, que, logo a seguir, trouxe seu sogro Antônio Gonçalves Barbosa, acompanhado de seu irmão Inocêncio Barbosa.
Nos meados do século XIX, os Barbosas estabeleceram as primeiras fazendas de gado, da região, que, mercê da abundância do pasto, da boa qualidade e fertilidade do solo, prosperaram com rapidez. O fato atraiu novos migrantes que ae se radicaram dedicando-se especialmente à criação de bovinos.
Em 1845, segundo consta do Relatório do Coronel Henrique Rohan ao Governo da Província de Mato Grosso, Ricardo José Gomes Jardim, a área compreendida entre os Rios Vacaria e Anhanduí, que banham o atual Município de Sidrolândia, já contava com uma população de mais de cem habitantes.
Deve assim o Município de Sidrolândia seu povoamento aos membros da família Barbosa que, tempos depois, partindo da já então florescente região de Vacaria, promoveram o povoamento de outros rincões do sul do Estado, instalando fazendas para a criação de bovinos e erigindo novos núcleos populacionais.
Os fundamento da próspera cidade que é hoje Sidrolândia foram, entretanto, fincados por Vicente de Brito, tronco da família Brito e José Pereira Martins, que, após a guerra do paraguai, já no ano de 1870, vieram fundar suas fazendas, naquelas paragens. Dois anos mais tarde, ali aportava o cuiabano Hermenegildo Alves Pereira com a mesma intenção, fundando a fazenda Ponto Alto.
Dos filhos de Vicente de Brito, distinguiu-se Porfírio que fundou mais 4 fazendas e empregou todos seus esforços para evitar a dispersão de seus descendentes. Uma das filhas de Profírio desposou Sidrônio Antunes de Andrade, catarinense de Lages. Alguns anos mais tarde, em consequência do falecimento de sua esposa, Sidrônio resolveu, em 1926, lotear a parte da Fazenda São Bento, que lhe coubera por herança; só concretizando, porém, a idéia, em 1942, quando colocou à venda os lotes já há muito demarcados; dando à nova povoação que ali surgia a denominação de Sidrolândia. A partir desse ano, o novo núcleo apresentou um desenvolvimento rápido, surgindo logo várias construções residenciais e diversos estabelecimentos comerciais.
No dia 25 de abril de 1944, com a denominação de estação de Anhanduí, foi inaugurada, na povoação de Sidrolândia, a estação telegráfica e ferroviária da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, no ramal que liga Campo Grande à Ponta Porã e que se transformou num dos esteios do progresso da nova comuna.
Firmou-se tal modo o desenvolvimento dessa localidade que levou o Governo do Estado a criar, pela Lei nº 207, de 01 de fevereiro de 1948, o Distrito de paz de Sidrolândia, sendo nomeado seu primeiro Juiz de Paz Abílio dos Santos, Lucas do Valle, nomeado Escrivão, instalou o Cartório em 19 de março de 1949.
O topônimo é uma homenagem a seu fundador, Sidrônio Antunes de Andrade.
Gentílico: sidrolandense
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Sidrolândia, pela Lei Estadual nº 207, de 01-12-1948, no Município de Campo Grande.
No quadro fixado para vigorar no período de 1949/1953, o distrito figura no Município de Campo Grande.
Elevado à categoria de município com a denominação de Sidrolândia, pela Lei Estadual nº 684, de 11-12-1953, desmembrado de Campo Grande. Sede no antigo Distrito de Sidrolândia (ex-povoado). Constituído do Distrito Sede. Instalado em 01-01-1954.
Pela Lei Estadual nº 1160, de 18-11-1958, é criado o Distrito de Capão Sêco e incorporado ao Município de Campo Grande.
No quadro para vigorar no período de 1954/9158, o município é constituído de 2 Distritos: Sidrolândia e Capão Sêco.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-07-1960.
Em divisão territorial datada de 15-07-1997, o município é constituído de 3 Distritos: Sidrolândia , Capão Sêco e Quebra Côco.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 15-07-1999.
Fonte: IBGE