Guaraciaba do Norte teve durante sua vida política e administrativa, várias denominações, todas aliadas, ligadas à sua formação. O seu mais antigo nome de Rua Nova, originou-se da formação da principal via, de casas de beira e bica, que surgiu no promissor arraial do cimo da Serra de Ibiapaba. Isto mais ou menos nos meados do século XVIII, quando se povoaram as terras férteis que demoravam no alto da Serra da Ibiapada e que se prestavam, admiravelmente, ao cultivo de café e de cana de açúcar.
No decorrer dos anos, o povo reclamou a criação do município, conseguindo a tão desejada emancipação política a 12 de maio de 1791. Na mesma data e pelo mesmo alvará, a povoação foi elevada à categoria de Vila com o nome de Vila Nova El Rei, extinta várias vezes e definitivamente restaurada, já com o nome de Campo Grande, aos 9 de janeiro de 1883, e o município com o mesmo topônimo, conforme a lei nº 1.798 de 10 de janeiro de 1879, desmembrando-o definitivamente do município de Ipu.
A freguesia, sob a invocação de Nossa Senhora dos Prazeres, foi criada aos 25 de outubro de 1886 por Dr. Joaquim José Vieira, Bispo do Ceará.
Gentílico: guaraciabense
Formação Administrativa
Elevado à categoria de vila com a denominação de Vila Nova Del Rei, por alvará de 12-05-1791. Sede no núcleo de Campo Grande. Instalado, com carta 27-09-1796. Pela lei provincial nº 200, de 26-08-1840, a vila foi extinta. Sob a mesma lei transfere a sede da Vila Campo Grande para o núcleo de Ipu Grande. Elevado à categoria de vila novamente com a denominação de Campo Grande, pela lei provincial nº 230, de 12-01-1841. Pela lei nº 261, de 03-12-1842, é extinta novamente a Vila, sendo seu território anexado ao município de Ipu. Distrito criado com a denominação de Campo Grande, por ato de 18-03-1842, e por lei provincial nº 2125, de 25-10-1886. Elevado novamente à categoria de vila com a denominação de Campo Grande, pelo nº 1798, de 10-01-1879, desmembrado de Ipu. Sede no núcleo de Campo Grande. Instalado em 09-01-1883. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município aparece constituído de 2 distritos: Campo Grande e Santa Cruz. Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-09-1920, o município aparece constituído do distrito sede. Não figurando o distrito de Santa Cruz. Pela lei estadual nº 2677, de 02-08-1929, são criados os distritos de Croatá e Várzea do Espinho e anexados ao município de Campo Grande. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 3 distritos: Campo Grande, Croatá e Várzea do Espinho.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-12-1936 e 31-12-1937.
Pelo decreto estadual nº 448, de 20-12-1938, o distrito de Várzea do Espinho passou a denominar-se simplesmente Espinho.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 3 distritos: Campo Grande, Croatá e Espinho ex-Várzea do Espinho.
Pelo decreto-lei estadual nº 1114, de 30-12-1943, retificado em virtude do parecer de 14-06-1946. Do Conselho Nacional de Geografia, o município de Campo Grande passou a denominar-se Inhussu.
Em divisão territorial datada de 1-07-1950, o município já denominado Inhussu é constituído de 3 distritos: Inhussu, Croatá e Espinho.
Pela lei estadual nº 1153, de 22-11-1951, o município de Inhussu passou a denominar-se Guaraciaba no Norte. Sob mesmo decreto é criado o distrito de Sussuanha e anexado ao município de Guaraciaba do Norte.
Em divisão territorial datada de 1-07-1955, o município é constituído de 4 distritos: Guaraciaba do Norte, Croatá, Espinho e Sussuanha.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-07-1960.
Pela lei estadual nº 6750, de 18-09-1963, desmembra do município de Guaraciaba do Norte o
distrito de Croatá. Elevado à categoria de município. Pela lei estadual nº 6517, de 05-09-1963, é criado o distrito de Morrinhos Novos e anexado ao município de Guaraciaba do Norte. Pela lei estadual nº 6520, de 05-09-1963, é criado o distrito de Barro do Sotero e anexado ao município de Guaraciaba do Norte. Pela lei estadual nº 6968, de 19-12-1963, desmembra do município de Guaraciaba do Norte o distrito de Espinho. Elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada de 31-12-1963, o município é constituído de 4 distritos: Guaraciaba do Norte, Barra do Sotero, Morrinhos Novos e Sussuanha. Pela lei estadual nº 8339, de 14-12-1965, o município de Guaraciaba do Norte adquiriu os extintos municípios de Croatá e Espinhos. Em divisão territorial datada de 31-12-1968, o município é constituído de 6 distritos:
Guaraciaba do Norte, Barro do Sotero, Croatá, Espinho, Morrinhos Novos e Sussuanha.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-1-1979.
Pela lei estadual nº 11430, de 28-04-1988, desmembra do município de Guaraciaba do Norte os distritos de Croatá e Barro do Sotero. Para formar o novo município de Croatá.
Pela lei municipal nº 531, de 03-06-1992, são criados os distritos de Mocambo e Martinslândia e anexado ao município de Guaraciaba do Norte. Sob o mesmo decreto o distrito de Espinho passou a denominar-se Várzea dos Espinho.
Em divisão territorial datada de 1-06-1995, o município é constituído de 6 distritos: Guaraciaba do Norte, Várzea dos Espinhos, Martinslândia, Morrinhos Novos, Mocambo e Sussuanha.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.
Alterações toponímicas municipais
Campo Grande para Inhussu alterado, pelo decreto-lei estadual nº 1114, de 30-12-1943, retificado em
virtude do parecer de 14-06-1946, do Conselho Nacional de Geografia.
Inhussu para Guaraciaba do Norte alterado, pela lei estadual nº 1153, de 22-11-1951.
História Religiosa:
A primitiva capela de Nossa Senhora dos Prazeres foi construída em 1760. Em 1799, foi substituída por outra mais ampla. A paróquia de Campo Grande, como era conhecida, foi criada pela Lei provincial n°2125 de 25 de outrubro de 1886, desmembrada do Ipu. Foi instalada, canonicamente, em 18 de junho de 1888 por Dom Joaquim José Vieira.
O prédio da igreja é o mesmo de quando foi criado a Paróquia. Em 1932 passou por sensíveis reformas, especialmente na parte interior.
Origem Toponímica:
Guaraciaba palavra indígina que não guarda qualquer relação com o local, significando, segundo Teodoro Sampaio, os cabelos ou raios de sol, o cabelo louro. Equivale, segundo o mesmo indianólogo, ao nome de mulher LAURA e é alteração de GUARACY ( o sol) + ABA ( cabelos).
Fonte: IBGE