Os moradores da Serra da Catarina que eles chamam Catirina em Tejuçuoca a 155 quilômetros de Fortaleza, tem uma história interessante para contar sobre a localidade dizem que, no começo do século existia pelas bandas de Irauçuba, um coronel chamado Pedro Barroso Valente. Quando Barroso queria eliminar um jagunço ou alguém a pedido de amigos, enviava essa pessoa para a Serra da Catarina, com um bilhete no bolso ordenado sua morte. Como os jagunços não sabiam ler pensavam que se tratava de uma carta de recomendação para trabalhar. Após o assassinato, o corpo era enterrado entre as grutas, daí surgiu o nome de furna dos ossos.
Lenda ou não, o certo é que a serra da Catarina a 10 quilômetros da sede do município, virou atração para estudiosos, arqueólogos e também local de romarias. Muitos vão pagar promessas em uma das cavernas, onde, há 45 anos foi colocada uma imagem de Nossa Senhora das Graças, e mais recente, foi feito um pequeno altar para Nossa Senhora Aparecida. No último sábado, a comunidade inaugurou a pedra fundamental do templo das orações que será construído no ano 2000. A solenidade fez parte das comemorações de um ano da implantação oficial do Parque Ecológico de Furna dos Ossos.
Com uma área avaliada em 1200 hectares, rica em flora próprias da caatinga (Cedro, Jatobá, Mucunã, Marmeleiro, Jurubeba, Graúna, João de Barro, Rouxinol, macaco prego e até Onça vermelha) o parque está sendo conservado pela própria comunidade, graças à iniciativa do artista plástico e designer Eliseu Joca, 43. Como gosta do local onde vivem seus pais, ele decidiu iniciar, há três anos, um trabalho de conscientização sobre a preservação da serra. Depois de muito trabalho, deu certo. Atualmente, no local não se encontram sinais de depredações ou lixo.
Desde que a comunidade passou a reconhecer a serra da Catarina como seu ponto de atração turística, através das particularidades do seu parque ecológico como a furna dos ossos, muita coisa mudou no pensamento comunitário, diz Elizeu Joca que, além do templo das orações, tem um projeto para construir o mirante do labirinto situado no topo do serrote, permitirá a visão mais panorâmica do local.
Gentílico: tejuçuoquense
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Tejuçuoca, por ato estadual de 19-08-1818, subordinado ao município de São Francisco.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Tejuçuoca, figura no município de São Francisco.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII1937.
Pelo decreto-lei estadual nº 1114, de 30-12-1943, o município de São Francisco passou a denominar-se Itapagé.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o distrito de Tejuçuoca, figura no município de Itapagé ex-São Francisco.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Elevado à categoria de município com a denominação de Tejuçuoca, pela lei estadual nº 6392, de 03-07-1963, desmembrado de Itapagé. Sede no antigo distrito de Tajuçuoca. Constituído do distrito sede.
Pela lei estadual nº 6603, de 26-09-1963, é criado o distrito de Santa Rosa e anexado ao município de Tejuçuoca.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 2 distritos: Tejuçuoca e Santa Rosa.
Pela lei nº 8339, de 14-12-1965, é extinto o município de Tejuçuoca sendo seu territóro anexado ao município de Itapagé, como simples distrito.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1968, Tejuçuoca é distrito de Itapagé.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1983.
Elevado à categoria de município com a denominação de Tejuçuoca, pela lei estadual nº 11414, de 28-12-1987, desmembrado de Tejuçuoca. Constituído de 2 distritos: Tejuçuoca e Caxitoré. Instalado em 01-01-1989.
Em divisão territorial datada de 17-I-1991, o município é constituído de 2 distritos: Tejuçuoca e Caxitoré.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.
Fonte: IBGE