A principal economia da região era o cultivo de cana de açúcar. A Companhia Progresso Agrícola administrava a produção, que era levada para o Engenho Central em Pindaré Mirim, através da estrada de ferro que terminava no povoado de Santa Inês. A plantação de cana de açúcar era feita com mão de obra em regime de quase escravatura e toda a produção era exportada através do rio Pindaré.
O Engenho Central funcionou a todo vapor de 1884 até o ano de 1910, quando começou o seu declínio por falta de investimentos e matéria-prima. Contudo permanece até hoje em Pindaré Mirim, como lembrança, monumento histórico e turístico, símbolo de um grande período econômico que a cidade teve.
O povoado Ponta da Linha recebeu colonizadores dos estados vizinhos do Piauí e Ceará que, para desenvolvê-lo, investiram na agricultura de algodão, arroz, milho, feijão e mandioca. Com a falência do Engenho Central, o povoado começou a investir em novas atividades. A vinda dos colonizadores, investindo na agricultura, trouxe um novo alento. Até o comércio de desenvolveu. Aos poucos a região foi superando a cidade mãe, Pindaré. O cordão umbilical, que era a linha férrea, foi substituído por uma estrada de rodagem, então MA 320.
O desenvolvimento trouxe o sonho de independência. A Câmara Municipal de Pindaré Mirim, sob a presidência de Josué Diniz Alves, o tenente, promovia sessões de debates sobre o projeto do vereador Luís Pereira Neves, que pedia a separação. Depois de três acaloradas sessões, veio a aprovação. Na Assembléia Legislativa, sob o comando do Deputado Eurico Galvão, tomou o nome de Projeto n.º 87. Aprovado, esperava a sanção governamental. Em 19 de dezembro de 1966 foi assinado pelo governador José Sarney, criando o novo município de Santa Inês.
Atualmente a cidade de Santa Inês é conhecida como A princesa do Vale do Pindaré. Sendo a principal cidade da região, exerce forte influência em cidades vizinhas como: Pindaré Mirim, Bela Vista, Monção, Igarapé do Meio, Bom Jardim, Santa Luzia, Pio XII, Tufilândia, Governador Newton Belo e Zé Doca. A cidade de Santa Inês, beneficiada por duas ferrovias federais, possui uma boa infra-estrutura e logística, despontando como uma das principais cidades do Maranhão.
Formação Administrativa
Elevado à categoria de município e distrito com a denominação de Santa Inês pela Lei Estadual n.º 2.723, de 19-12-1966, sendo desmembrado de Pindaré-Mirim. Sede no atual distrito de Santa Inês. Constituído do distrito sede. Instalado em 14-03-1967.Em divisão territorial datada de 1-I-1979 o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2015.
Fonte: IBGE