Minas Gerais - MG
Afirma a tradição que foi o Cel. Marques, donatário da Sesmaria, que ao deparar-se com uma onça no meio da mata, indefeso e julgando-se perdido, ele, como católico e de fé, ajoelhou-se e fez uma prece a Nossa Senhora do Carmo rogando que, se sua vida fosse salva, mandaria construir uma capela em sua honra.
O animal não o atacou e ele se retirou são e salvo. Posteriormente, ele voltou e cumpriu a promessa, fazendo construir uma capelinha dedicada à Nossa Senhora do Carmo (Padroeira de Paraopeba).
Aos poucos, por ser um local de passagem obrigatória dos tropeiros que conduziam boiadas para o sertão da Bahia, foram surgindo algumas casas em torno da capela e o lugar passou a ser chamado de Nossa Senhora do Tabuleiro Grande. Tabuleiro Grande porque tabuleiro era o nome com que os antigos costumavam caracterizar os pontos mais ou menos elevados e de vastas superfícies planas do sertão e na linguagem sertaneja significa cerrado.
Tabuleiro Grande foi elevado à freguesia pela Provincial nº 164 de 9 de março de 1840 e confirmado pela Lei Estadual nº 2 de 14 de novembro de 1891, subordinado o arraial, até então, ao município de Curvelo.
No dia 24 de novembro de 1840, por força da lei nº 1.395 foi transferido para o município de Sete Lagoas.
Durante 45 anos, Tabuleiro Grande pertenceu a Sete Lagoas, até desmembrar-se, elevando-se à categoria de município, por meio da Lei nº 566, de 30 de agosto de 1911. Sua instalação solene deu-se a 1º de junho de 1912, passando a denominar-se Vila Paraopeba. A partir de 1931 recebeu o nome definitivo de Paraopeba.
Paraopeba, palavra de origem indígena (da língua tupi-guarani), que significa ″Rio do Peixe Chato″
A escolha do nome Paraopeba foi por causa do rio Paraopeba que, naquela época, livre de qualquer poluição, era fonte de manutenção dos habitantes, que se beneficiavam da pesca, do garimpo e ainda da lavoura, nas regiões mais ribeirinhas.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Taboleiro Grande, pela Lei Provincial nº 164, de 09-03-1840, e Lei Estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Sete Lagoas.
Elevado à categoria de município com a denominação de Paraopeba, pela Lei Estadual nº 556, de 30-11-1911, desmembrado de Sete Lagoas.
Sede no atual distrito de Paraopeba ex-Taboleiro Grande. Constituído de 3 distritos: Paraopeba, Cordisburgo e Araçá, este ultimo criado pela está mesma lei estadual . Instalado em 01-06-1912.
Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, o município é constituído de 3 distritos: Paraopeba, Araçá e Cordisburgo.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo Decreto-Lei Estadual nº 148, de 17-12-1938, desmembra do município de Paraopeba o distrito de Cordisburgo. Elevado à categoria de município.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 2 distritos: Paraopeba e Araçá.
Pelo Decreto Lei Estadual nº 1058, de 31-12-1943, o distrito de Araçá tomou a denominação Araçaí.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 2 distritos: Paraopeba e Araçaí (ex-Araçá).
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela Lei Estadual nº 2764, de 30-12-1962, desmembra do município de Paraopeba o distrito de Araçaí. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Alteração toponímica distrital
Taboleiro Grande para Paraopeba, alterado pela Lei Estadual nº 556, de 30-08-1911.
Fonte: IBGE