Ponte Nova

Minas Gerais

 

História de Ponte Nova - MG

O território do atual município de Ponte Nova era habitado por índios puris e aimorés (estes apelidados de botocudos devido a um adorno corporal que utilizavam) quando se iniciou sua colonização, através da distribuição de sesmarias, a partir da segunda metade do século XVIII. Documentos referentes à Fazenda das Almas apontam para a construção de uma ponte de madeira sobre o Rio Piranga, em 1762. Em terreno da Fazenda do Vau-Açu, doado pelo padre João do Monte Medeiros, foi construída a Capela de São Sebastião e Almas, filial da Freguesia do Senhor Bom Jesus do Monte do Furquim, pertencente à Mariana, em 1770.

O povoado que se desenvolveu em torno da capela e às margens do Rio Piranga ficou conhecido, inicialmente, como São Sebastião da Ponte Nova. A paróquia foi criada em 1832 através de uma lei da Regência Trina do Império.

Passou à condição de vila, com criação do município emancipado do de Mariana em 1857, sendo elevada à categoria de cidade em 1866. Uma lei promulgada do ano de 1883 mudou sua denominação, que foi reduzida para Ponte Nova.

O desenvolvimento local se deve em muito à expansão da lavoura de cana de açúcar, que lhe valeu o título de maior centro açucareiro de Minas Gerais, no decorrer do século XIX e início do XX. Na segunda década do século XIX, as exportações de açúcar, rapadura e aguardente já tinham adquirido importância, sendo a produção transportada através de tropas de burros, principalmente para o mercado de Mariana.

Ainda em meados do século XIX, a disseminação do plantio da cana de açúcar na região fez com que a maioria das propriedades rurais contasse com seus próprios engenhos, movidos por tração animal ou através da força dágua, sendo o açúcar mascavo e o de forma exportado para várias regiões da então província de Minas Gerais. O primeiro engenho de ferro fundido chegou a Ponte Nova em 1860, sendo que a primeira usina a vapor, a Usina Ana Florência, construída com máquinas importadas da Inglaterra, foi inaugurada em 1883.

Com a instalação de uma estação da Estrada de Ferro Leopoldina Railway, inaugurada em 1886 por Dom Pedro II, a produção açucareira passou a atingir mercados mais distantes. Antes do final do século, ainda foram construídos o Engenho Central do Piranga e a Usina do Vau-Açu, que multiplicaram, ainda mais, a produção ponte-novense, complementada por inúmeros engenhos menores que funcionaram como fábricas de rapadura e aguardente. No século XX, outras quatro indústrias sucroalcooleiras iriam se instalar no município: a Usina da Jatiboca, em 1920, a Usina do Pontal e a Usina São José, em 1935, e a Usina Santa Helena, em 1940.

Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Ponte Nova pelo Decreto de 14-07-1832, e pela Lei Estadual n.º 2, de 14-09-1891, subordinado ao município Mariana.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Ponte Nova, pela Lei Provincial n.º 827, de 11-07-1857, desmembrado de Mariana. Sede na antiga vila de Ponte Nova. Constituído do distrito sede. Instalado em 26-04-1863.

Pela Lei Provincial n.º 768, de 02-05-1856, e pela Lei Estadual n.º 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Escalvado e anexado à vila de Ponte Nova.

Pela Lei Provincial n.º 875, de 04-06-1858, e pela Lei Estadual n.º 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Santana de Jequeri e anexado à vila de Ponte Nova.

Pela Lei Provincial n.º 1.817, de 30-09-1871, o distrito de São Miguel do Anta foi transferido do município de Ponte Nova para a nova vila de Santa Rita do Turvo.

Pela Lei Provincial n.º 1.904, de 19-07-1872, e pela Lei Estadual n.º 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Amparo da Serra e anexado ao município de Ponte Nova.

Elevado à condição de cidade com a denominação de Ponte Nova pela Lei Provincial n.º 1.300, de 30-10-1866.

Pela Lei Provincial n.º 1.308, de 05-11-1886, e pela Lei Estadual n.º 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de São Miguel do Anta e anexado à vila de Ponte Nova.

Pela Lei Provincial n.º 3.442, de 28-09-1887, e pela Lei Estadual n.º 2, de 14-09-1891, foram criados os distritos de Piedade de Ponte Nova e Urucu e anexados ao município de Ponte Nova.

Pelo Decreto Estadual n.º 58, de 07-05-1890, e pela Lei Estadual n.º 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Grotas e anexado ao município de Ponte Nova.

Pelo Decreto n.º 160, de 08-08-1890, Ponte Nova adquiriu do município Mariana o distrito de Rio Doce.

Pela Lei Estadual n.º 556, de 30-08-1911, é criado o distrito de São José dos Oratórios e anexado ao município de Ponte Nova.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911 o município é constituído de 9 distritos: Ponte Nova, Amparo da Serra, Escalvado, Grotas, Piedade da Ponte Nova, Rio Doce, Santana de Jequeri, São José dos Oratórios e Urucu.

Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920 o município é constituído de 9 distritos: Ponte Nova, Amparo da Serra, Grotas, Jequeri, Piedade da Ponte Nova, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado, Santana de Jequeri, São José dos Oratórios e Urucu.

A Lei Estadual n.º 843, de 07-09-1923, desmembra do município de Ponte Nova os distritos de Grota e Santana do Jequeri, para constituírem o novo município com a denominação de Jequeri. Pela mesma Lei, Ponte Nova adquiriu do município de Mariana o distrito de Barra Longa e, ainda, o distrito de Barra São José dos Oratórios tomou a denominação de Oratórios e o distrito de Urucu passou a chamar-se Urucânia.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933 o município é constituído de 8 distritos: Ponte Nova, Amparo da Serra, Barra Longa, Escalvado, Oratórios, Piedade da Ponte Nova, Rio Doce e Urucânia. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 31-XII-1936.

O Decreto-lei Estadual n.º 148, de 17-12-1938, desmembra do município de Ponte Nova o distrito de Barra Longa, elevado à categoria de município. Pelo mesmo Decreto Estadual o distrito de Rio Doce foi transferido do município de Ponte Nova para o novo município de Dom Silvério.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939 a 1943 o município é constituído de 6 distritos: Ponte Nova, Amparo da Serra, Escalvado, Oratórios, Piedade da Ponte Nova e Urucânia.

Pelo Decreto-lei Estadual n.º 1.058, de 31-12-1943, o distrito de Rio Doce Deixa de pertencer ao município de Dom Silvério para ser anexado novamente ao município de Ponte Nova.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939 a 1943, o município é constituído de 7 distritos: Ponte Nova, Amparo da Serra, Escalvado, Oratórios, Piedade da Ponte Nova, Rio Doce e Urucânia.

A Lei n.º 336, de 27-12-1948, desmembra do município de Ponte Nova o distrito de Escalvado, elevado à categoria de município com a denominação de Santa Cruz do Escalvado. Pela mesma Lei é criado o distrito de Vau-Açu e anexado ao município de Ponte Nova.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950 o município é constituído de 7 distritos: Ponte Nova, Amparo da Serra, Oratórios, Piedade da Ponte Nova, Rio Doce, Urucânia e Vau-Açu. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.

A Lei Estadual n.º 2.764, de 30-12-1962, desmembra do município Ponte Nova os distritos de Amparo do Serra, Piedade da Ponte Nova, Rio Doce e Urucânia, elevando-os à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963 o município é constituído de 3 distritos: Ponte Nova, Oratórios e Vau-Açu. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-I-1979.

Pela Lei Estadual n.º 8.285, de 08-10-1982, é criado o distrito de Rosário do Pontal e anexado ao município de Ponte Nova.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1983 o município é constituído de 4 distritos: Ponte Nova, Oratórios, Rosário do Pontal e Vau-Açu. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1993.

A Lei Estadual n.º 12.030, de 21-12-1995, desmembra do município de Ponte Nova o distrito de Oratórios, elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 2001 o município é constituído de 3 distritos: Ponte Nova, Rosário do Pontal e Vau-Açu. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2014.

Fonte: IBGE

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