Poções

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História de Poções - BA

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As origens do município de Poções, datam de 1732, quando o povoamento das cabeceiras do Rio de Contas e a vida civil e administrativa, nutridos pelas exigências da mineração, incentivaram a exploração das regiões circunvizinhas.

Surgiu então, uma bandeira chefiada pelo coronel André da Rocha Pinto que, sentindo a necessidade de penetração em vários pontos, se dividiu em outras,
cada qual tomando rumo diverso pelo Rio de Contas até o Rio Verde e cabeceiras do Rio São Mateus.

Uma delas, a dirigida pelo coronel André, desceu pelo Rio de Contas até perto de sua foz, afim de explorar a mata no vale do rio. A canoa que os conduzia submergiu, mas salvaram-se numa ilha, de onde foram levados por jesuítas que tinham uma fazenda nos arredores de Porto Seguro.

Alguns anos depois, o coronel André da Rocha Pinto incendiou o cartório da então Vila do Príncipe, hoje cidade de Caetité, incorrendo, assim, na ira do vice-rei, que ordenou que lhe levassem a cabeça do criminoso.

Temeroso e revoltado com a prepotência do vice-rei, o coronel André reuniu uma bandeira de duzentos homens e veio homiziar-se no lugar denominado "Passagem da Conquista", nas proximidades da atual sede do município.

Conhecedor profundo da região, resolve tentar a exploração das minas do "Timorante", distante 5 léguas para os lados das matas.

Depois de algum tempo de trabalho, sente necessidade de ferramenta adequada e bastante munição. Resolve enviar o filho, acompanhado de quarenta homens, para irem abrindo picada até Ilhéus, aonde deveriam abastecer-se com o produ-
to do ouro que levavam para tal fim.

O mensageiro, porém, chegando àquela cidade, ali permaneceu por dois anos, em verdadeira orgia, sustentando todo seu pessoal a peso de ouro.

Entrementes, morre o velho bandeirante e é seu filho avisado para regressar imediatamente. Encontra este o extenso roteiro, no qual o seu falecido pai mencionava enigmaticamente o lugar onde enterrara todo mineral apurado durante os dois anos de sua ausência.

Por informação, tem conhecimento de que o velho, certo dia, despachara das minas todo o pessoal que ali trabalhava, ficando em sua companhia apenas um escravo, o qual desapareceu misteriosamente.

De posse de alguns dados, continuou o herdeiro na tentativa de localizar a grande fortuna, porém, por mais que escavasse nos pontos que lhe pareciam indicados, nada pode encontar, regressando desanimado à Ilhéus.

Corria o ano de 1782. Governava a capitania da Bahia D. Afonso Miguel Gonçalves, Marquês de Valença, quando surgiu João Gonçalves da Costa. Descobriu este, os campos da Conquista e rechaçou os índios que infestavam a zona.

Fundou a povoação, depois de ter feito uma estrada entre Ilhéus e aquela região, tão cheia de feras que, num só mês, o sertanista matou 24 onças.

Ao fazer este percurso, o famoso bandeirante já encontrou em Poções três habitantes irmãos. Estabeleceu-se nesta região o seu filho bastardo sargento-mor Raimundo Gonçalves da Costa, que escolheu para sede do seu vasto domínio o hoje arraial de Santo Antonio de Morrinhos, distante 8 quilômetros da vila e apenas 2 quilômetros da Serra da Visão, foi até o rio Novo, em 1818.

De todos os filhos do coronel João Gonçalves da Costa, o sargento-mor foi o que mais se distingüiu pela bravura, tornando-se o mais intrépido conquistador dos sertões. Faleceu em 1830, no então arraial da Vitória.

Em 1840, surge na região o português de nascimento, coronel Raimundo Pereira de Magalhães, com 15 anos de idade, tendo encontrado ainda vestígios das
explorações anteriores, principalmente o desejo dos habitantes descobrirem o tesouro enterrado pelo velho bandeirante André Rocha Pinto. Sobre isto, o jovem português ouviu de um velho negro centenário, porém em perfeito juízo, que dizia ter sido escravo do coronel André, sendo molecote na ocasião da morte deste, mas que se lembrava perfeitamente disso, por ter assistido às pesquisas do "Senhor Moço" em procura do tesouro, assim como das palavras que, repetidas sempre pelo velho, indicavam o rumo ao tesouro: " Do cemitério para baixo, de passagem para cima, pedra do norte a sul nem mais, para trás, da estrada para cima me verás".

Confere-se pois, ao coronel André da Rocha Pinto a primazia da penetração inicial na região que hoje integra o município de Poções, que fazia parte do antigo e bravio sertão da Ressaca, da comarca de Jacobina.

A povoação foi fundada por Thimóteo Gonçalves da Costa e seus filhos Bernardo e Roberto Gonçalves da Costa, após a conquista dos indígenas residentes no local pelo capitão-mor João Gonçalves da Costa, que doou o terreno onde foi construída uma capela sob a invocação do Divino Espírito Santo. As obras da capela foram iniciadas em 03 de agosto de 1830, continuadas em 1842 pelo capitão-mor João
Dias de Miranda, e terminadas pelo capitão Antonio Coelho Sampaio.


Gentílico:

Formação Administrativa

A freguesia foi criada com a denominação de Divino Espírito Santo, conforme Lei Provincial nº 1848, em 16 de setembro de 1878.

A Lei provincial nº 1.986 de 26 de junho de 1880, criou o município de Poções com sede no arrail do mesmo nome e com território desmembrado do de Vitória.

Verificou-se a fundação do novo município em 25 de abril de 1883. Com a transferência da sede para ali, pela Lei nº 522 de 17 de setembro de 1903, a qual suprimiu o município de Poções, transferindo a sede para o município de Boa Nova, que foi elevada à categoria de vila pela mesma Lei.

Por força da Lei estadual nº 1.238 de 20 de maio de 1918, a sede municipal retornou a Poções, sendo restabelecido, por conseguinte, o município desse nome, o qual aparece nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1º de setembro de 1920, constituído de 2 distritos: Poções e Boa Nova.

A Lei estadual nº 1.468 de 14 de maio de 1921, novamente extingüiu o município de Poções, transferindo a sede para Boa Nova e a Lei nº 1.564 de 21 de julho de 1922, restabeleceu-o, com território desmembrado de Boa Nova.

A reinstalação do município ocorreu a 29 de setembro de 1922.

De acordo com a divisão administrativa correspondente ao ano de 1933, Poções se compõe dos distritos de Poções, Nova Laje, Ibicuí, Campos Sales e Iguaí.

Em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937 e no quadro anexo ao Decreto Lei estadual nº 10.724 de 30 de março de 1938, o referido município se divide em 8 distritos: Poções, Água Bela, Água Fria, Campos Sales, Ibicuí, Iguaí, Nova Laje do Gavião e Umburanas.

Pelo Decreto estadual nº 11.089 de 30 de novembro de 1938, o distrito de Nova Laje do Gavião adquiriu o território do extinto distrito de igual nome, do município de Conquista e passou a denominar-se Vista Nova. Pelo Decreto estadual
nº 10.724 de 30 de março de 1938, a vila foi elevada à categoria de cidade.

No quadro territorial estabelecido pelo supracitado Decreto estadual nº 11.089, para vigorar no qüinqüênio 1939-1943, Poções compreende os distritos de: Poções, Água Bela, Campos Sales, Ibicuí, Ibitupã(ex-Umburanas), Iguaí, Nova Canaã (ex-Água Fria) e Vista Nova (ex-Nova Laje do Gavião).

Em virtude do Decreto-Lei estadual nº 141 de 31 de dezembro de 1943, o topônimo do município de Poções foi modificado para Djalma Dutra.

Segundo o quadro territorial vigorante em 1944-1948, fixado pelo citado Decreto-Lei nº 141 e confirmado pelo Decreto estadual nº 12.978 de 1º de junho de 1944, Djalma Dutra compõe-se dos seguintes distritos: Djalma Dutra, Água Bela, Lucaia (ex-Campos Sales), Ibicuí, Ibitupã, Iguaí, Nova Canaã e Vista Nova.

Por força do artigo 30 das disposições transitórias da Constituição do Estado da Bahia de 1947, readquiriu o município a sua antiga denominação Poções.

Sua composição administrativa, de acordo com a Lei nº 628 de 30 de dezembro de 1953, é de seis distritos: Poções, Bom Jesus da Serra, Lucaia, Nova Canaã, Periperi de Poções e Vista Nova, tendo perdido os distritos de Ibicuí e Iguaí que obtiveram autonomia. A sede do distrito de Água Bela foi em 1953 transferida para o povoado de Bom Jesus, passando o distrito a chamar-se Bom Jesus da Serra.

Fonte: IBGE

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