Erechim

Rio Grande do Sul

 

História de Erechim - RS

ERECHIM RIO GRANDE DO SUL Monografia - nº 483 Ano: 1970
ASPECTOS HISTÓRlCOS O GRANDE ERECHIM, constituído dos territórios dos municípios de Erechim, Getúlio Vargas, Marcelino Ramos, Gaurama, Aratiba, Viadutos, Campinas do Sul, São Valentim, Herval Grande Severiano de Almeida, Jacutinga, Barão de Cotegipe, Itatiba do Sul e Mariano Môro, foi origináriamente "habitat" dos índios Coroados, aos quais os Guaranis dos Sete Povos das Missões Orientais chamavam de "bugres" por considerá-los ferozes, nômades, hostis e irredutíveis à civilização jesuítica.

A extensa gleba integrou, sucessivamente, os municípios de Rio Pardo, São Borja, Cruz Alta e Passo Fundo.

Seus primeiros povoadores brancos foram paulistas, descendentes de bandeirantes, que, instalando-se dispersivamente no território, obtiveram a concessão de tratos de terra, requeridos ao Governo do Estado.

Não foi pacífica, inicialmente, a posse das terras por esses primeiros povoadores, que tiveram de sustentar, durante muito tempo, luta tenaz contra os primitivos habitantes, os Coroados.

Firmaram-se, porém, na terra, os poucos posseiros que povoaram o território inculto, de natureza exuberante, clima temperado e pleno de riquezas naturais, encobertas pela floresta imensa e apreciáveis faixas de campo, sulcadas pela abundante rede da bacia hidrográfica ocidental dos rios Pelotas-Uruguai.

Em fins de 1887, Augusto de Oliveira Penteado conhecido por Augusto César, tendo como companheiros João Placidino Machado e Antônio Ferreira de Albuquerque, empreenderam ousada exploração fluvial, da qual elaboraram circunstanciado relatório, que foi enviado à Câmara Municipal de Passo Fundo, em fins de 1888, contendo as denominações dadas por eles a vários acidentes geográficos.

Augusto César foi o descobridor do famoso estreito do Uruguai.

Por proposta do engenheiro Tôrres Gonçalves, diretor-chefe da Diretoria de Terras e Colonização, o presidente do Estado, Carlos Barbosa Gonçalves criou a 6 de outubro de 1908 a COLÔNIA ERECHIM, cujo topônimo, no dialeto Caigang (Coroado), quer dizer "Campo Pequeno".

Foi o engenheiro Severiano de Souza Almeida o chefe da delegação encarregada de efetuar a divisão em lotes coloniais da grande gleba devoluta e de dirigir os trabalhos de instalação da Colônia. Em fevereiro de 1910 teve início a construção de casas da sede provisória denominada Povoado Erechim, hoje Getúlio Vargas. Aportaram à sede da Colônia a primeira leva de imigrantes, composta de quatro famílias, com 28 pessoas, e mais oito imigrantes isolados, totalizando 36 almas.

Em 1910, a sede da Colônia oferecia aspecto urbano com abertura de ruas e edificação de 50 casas e mais 22 em construção, todas de madeira, inclusive o chalé do escritório da Comissão, dois barracões para hospedagem dos imigrantes, enfermaria e depósito de materiais, nove casas comerciais, uma barbearia, uma alfaiataria, tres sapatarias e um açougue. O desenvolvimento da zona rural também se fez rapidamente. Até 1914, a sede inicial da Colônia Erechim foi o povoado que mais prosperou. Em 20 de abril de 1916, o escritório da Comissão de Terras e Colonização foi transferido do Povoado Erechim para o de Paiol Grande, sede geral da Colônia anteriormente escolhida.

Oito anos após a instalação, a Colônia Erechim estava em condições de aspirar à emancipação política e administrativa, desmembrando-se do território e do governo de Passo Fundo.

A vida política do Município de Erechim, especialmente nos primeiros anos, fora bastante agitada e seu território palco de intensa movimentação de tropas e de choques bélicos, em conseqüência das revoluções de 1923 e 1930.

Formação Administrativa O MUNICÍPIO de Erechim foi criado, com sede na povoação de Boa Vista do Erechim, e território desmembrado do de Passo Fundo, pelo Decreto estadual n.° 2.342, de 30 de abril de 1918, ocorrendo a instalação a 18 de junho daquele ano. O ato municipal n.° 2, de 27 do mes seguinte, criou o distrito.

No Censo de 1920, o Município se compunha dos distritos de Boa Vista do Erechim (sede), Erechim (ex-Povoado Erechim), Marcelino Ramos, Erebango e Barro.

Em razão do Decreto estadual n.° 7.210, de 5 de abril de 1938, o Município passou a chamar-se José Bonifácio. Com esse nome, constou no Censo de 1940 com 12 distritos.

Sofreu diversas reformulações administrativas e modificações toponímicas e perdeu território para o Município de Marcelino Ramos (Decreto-lei estadual n.° 718, de 28 de dezembro de 1944). Pela Lei n.° 720 de 29 de dezembro do mesmo ano, voltou a denominar-se Erechim, chegando ao Censo de 1950 com 11 distritos: Erechim, Aratiba, Áurea, Barão de Cotegipe, Carlos Gomes, Gaurama, Herval Grande Nova Itália, Paulo Bento, Quatro Irmãos e São Valentim.

No Censo de 1960 aparece sem os distritos de Aratiba, Áurea, Carlos Gomes, Gaurama, Herval Grande e São Valentim, desmembrados para formarem novos municípios, e acrescido dos de Capo-Erê, Itatiba, Mariano Môro e Tres Arroios, resultantes de nova reformulação administrativa.

Pela Lei municipal n.° 1.035, de 14 de outubro de 1968, foi criado o distrito de Jaguaretê, instalado a 10 do mes seguinte.

Composto dos seguintes distritos: Erechim (sede), Capo-Erê, Paulo Bento, Quatro Irmãos, Tres Arroios e Jaguaretê.

O Município é sede de Comarca de 3 a entrância criada pelo Decreto n.° 4.366, de 31 de agosto de 1929.

Fonte: IBGE

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