São João Do Triunfo

Paraná

 

História de São João Do Triunfo - PR

HISTÓRICO

São João do Triunfo tem sua história ligada ao contexto da navegação do rio Iguaçu, à imigração polonesa, italiana, árabe e alemã, e às atividades dos tropeiros que viviam e passavam pelo município. A zona rural de São João do Triunfo foi estruturada até 1970 a partir das formações de sistemas faxinais e de pequenas propriedades de colonos imigrantes.



Pela história oficial, a base do povoamento de São João do Triunfo começou no ano de 1864, quando o Sr. João Nunes de Souza, até então morador de São José dos Pinhais, ali se estabeleceu. Com ele foi toda a família. Desbravaram a região, lançaram sementes na terra, abriram picadas na mata e fizeram propaganda para atrair outras pessoas. Uma comunidade foi gradativamente se formando, a qual recebeu o nome de Rio da Vargem. O povo do lugar construiu uma capela, na qual foi colocada a imagem de São João Batista. Muitas casas foram sendo construídas ao redor da pequena igreja. Em pouco tempo a denominação do povoado foi alterada. O santo padroeiro e o triunfo obtido pelos ousados desbravadores da região de Rio da Vargem contribuíram para a composição do novo nome.


Porém, antes mesmo do estabelecimento de imigrantes, principalmente de poloneses no final do séc. XIX, e da navegação do rio Iguaçu, com a formação de importantes portos no contexto regional e estadual, como o Porto da Vila Palmira e Porto Feliz, a região onde hoje se encontra o município de São João do Triunfo já era habitada por caboclos e índios que sobreviviam da agricultura de subsistência, da caça e da pesca.


O estabelecimento de colônias de imigrantes, juntamente com a navegação do Rio Iguaçu, e as populações caboclas dão a São João do Triunfo uma diversidade cultural e uma multiplicidade de manifestações religiosas e de apropriação de espaços dentro do município. Desta forma, é importante destacar a heterogeneidade da população que constitui seus espaços dentro do município e entendê-la dentro de um processo histórico de constante reelaboração.


Em 16 de março de 1871 pela Lei Provincial no. 254, São João do Triunfo foi elevada à categoria de Freguesia. Em 08 de janeiro de 1890, pela Lei Estadual no. 13, foi criado o município de São João do Triunfo com território desmembrado do município de Palmeira. Atualmente, o território do município abriga o distrito de Palmira. Palmira recebeu foros de município em 10 de abril de 1909, através da Lei Estadual no. 874, tendo sido mais tarde anexado a São João do Triunfo.


Em 1891 instalou-se o núcleo colonial de Palmira com imigrantes poloneses. A colônia compunha-se de 88 lotes rurais agrupados em dois núcleos: o de Rio dos Patos e o de Bromado. A economia de Palmira baseava-se na indústria extrativa vegetal - erva mate e madeira - na produção agrícola e na sua condição de porto fluvial.


Segundo o recenseamento de 1890, o Município de São João do Triunfo contava com 5.789 habitantes. No recenseamento de 1900, o município possuía 11.938 habitantes. O censo de 1920 computa o elemento estrangeiro por município. Nesta ocasião o Município de São João do Triunfo contava com 9.042 habitantes, destes 220 estrangeiros, e o Município de Palmira 2.423 habitantes, dos quais 290 eram poloneses. No censo de 1950, os municípios de São João do Triunfo e Palmira já aparecem unificados com um total de 10.850 habitantes.


Na década de trinta, São João do Triunfo era considerado um dos municípios mais ricos da região. Situado à margem direita do Rio Iguaçu, possuía importante porto fluvial de embarque e desembarque: Porto Feliz. Sua principal fonte de renda era a erva mate, no entanto, produzia também cereais (milho, feijão e trigo) e exportava madeiras de pinho e imbuia. Diversos estabelecimentos comerciais e industriais encontravam-se em funcionamento na sede do município: coletoria, cartório, tabelionato, colégio, padaria, farmácia, açougue, alfaiataria, sapataria, olaria, marcenaria e oficinas de carpintaria. Destaque eram as sete serrarias e os dois moinhos de cereais do município.


Nesta mesma década, Palmira, outro importante porto fluvial, apresentava uma infra-estrutura de destaque. Contava com: hotel, casas comerciais, clube social, igreja, farmácia, cartório, correio e câmara municipal. Na praça havia um coreto onde, nos finais de semana, a banda local tocava. A construção da estrada de rodagem de Palmeira até São Mateus do Sul fez, entretanto, que entrasse em decadência.



A navegação no Rio Iguaçu, fator preponderante para o desenvolvimento de São João do Triunfo e Palmira, teve início em 1882. Através de concessão imperial (Decreto no. 7248/1879), o Sr. Amazonas de Araújo Marcondes (Coronel Amazonas) estabeleceu uma linha de navegação entre Porto Amazonas e Porto União. O primeiro navio a percorrer este trecho foi o vapor "Cruzeiro", que fez sua primeira viagem em 27 de dezembro de 1882.


A navegação possibilitou o povoamento das margens do rio e o escoamento dos seus produtos. De Porto União os produtos eram levados, via estrada de ferro para o porto marítimo de São Francisco. Em março de 1915 fundou-se a "Lloyd Paranaense", empresa de navegação fluvial. Vinte e seis embarcações a vapor transportavam passageiros e cargas sobre as águas do rio Iguaçu e seus afluentes. A sucesso da empresa "Lloyd" levou-a a expandir suas agências em diversas localidades, entre elas, Vila Palmira e Porto Feliz, em São João do Triunfo.


Com a extinção, na década de 1950, da última empresa de navegação que atuava no rio Iguaçu, o tráfego fluvial foi superado pelo rodoviário. As localidades que se estabeleciam em torno dos portos fluviais e que viviam principalmente em função do rio, como foi o caso do Município de São João do Triunfo, procuraram outras alternativas para a sua sustentação econômica.


Até 1950 o município tinha várias fábricas (cervejaria, gasosa) que faliram ou simplesmente foram fechadas logo depois que o porto foi desativado. Hoje a economia do município está toda centrada na agricultura. A fumicultura começou a ser praticada em São João do Triunfo em 1959. Em nenhum momento a cultura do fumo no município teve redução, sempre foi expandindo a sua produção. Atualmente existem, aproximadamente, 900 produtores de fumo, que em parceria com 6 empresas produzem em média 4.000 toneladas de fumo por ano.

Fonte: IBGE

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